Bloc Party diz: Faça você mesmo!

Um post no Twitter do Bloc Party anuncia: "Remix this". Um jeito de avisar que o site da banda começou a disponibilizar na madrugada de hoje arquivos contendo camadas (stems) das faixas Signs, Ares e Ion Square, do último álbum Intimacy.

Segundo a notícia publicada no site, a proposta é deixar a galera remixar as faixas do álbum do jeito que quiser e então jogá-las aqui para que todo mundo possa ouvir. Bacana, né? Em tempos de crise no mercado fonográfico, acho que incentivar a interatividade dos fãs com a música é algo bem positivo.

No dia 11 de maio eles lançam o álbum Intimacy Remix, com remixes oficiais do último disco feitos por nomes como Armand Van Helden (Signs) e Filthy Dukes (One Month Off, minha favorita e bem melhor que a original). Algumas músicas já podem ser ouvidas no MySpace da banda.

Enquanto uns trabalham demais, outros...

O mestre do folk Bob Dylan liberou hoje o primeiro single do seu novo álbum Together Through Life, que tem lançamento previsto para o dia 28 de abril. Você ouve a nova música Beyond Here Lies Nothin' aí embaixo ou baixa aqui.

Na ativa há meio século, o incansável Dylan lança praticamente um disco por ano - às vezes mais de um. Contando com Together..., são 33 álbuns de estúdio, fora as versões ao vivo, compilações, bootlegs etc. Resumindo, o cara não para, certo?

Agora vamos aos nova-iorquinos do Strokes: 11 anos de carreira, três álbuns de estúdio e quase três anos de "hiato". Em 2009, finalmente entraram em estúdio pra gravar o 4º disco e todo mundo pensou "agora vai".

Aí vem o Julian Casablancas e dá essa entrevista pra Rolling Stone americana, dizendo: "Nós temos três músicas. Eu diria que está tudo indo bem. Mas nós temos bastante trabalho pela frente".

"Algumas coisas novas são meio anos 70, como Thin Lizzy ou Elvis Costello. E outras são músicas futuristas bizarras que estamos tentando arrumar e tornar mais cativantes. Então, estamos presos entre o futuro e os anos 70".

Faço minhas as palavras do Paulo Terron, do With Lasers!: Três músicas? Xi…

As novas do Kasabian e a Florence

Assim como fez em outros shows recentes, a banda inglesa Kasabian mostrou músicas do novo álbum, West Rider Pauper Lunatic Asylum, no Albert Music Hall, em Londres, ontem à noite. O disco deve ser lançado em junho e, parece, tem umas influências hum... diferentes (tipo krautrock). Fiquei ansiosa.

West Rider... está sendo produzido por Serge Pizzorno, guitarrista da banda, e Dan The Automator, um dos colaboradores do Gorillaz. Numa entrevista a rádio BBC 6Music, o vocalista Tom Meighan disse que os fãs podiam esperar um som "cru" do 3º álbum. "Esse disco vai assustar um pouco as pessoas, mas é tão bom comparado aos outros dois. Tem algo a mais".

Aliás, quem curte a banda pode baixar de graça no site a música Vlad The Impaler, o primeiro single do novo disco, a partir de terça-feira (31). Mas corre, porque é só por 4 dias.

Veja aí o comecinho da apresentação de ontem.



Quem subiu ao palco do mesmo Royal Albert Hall nessa semana foi a Florence and the Machine, ao lado de VV Brown e Anthony and the Jonhsons. O resultado você confere no vídeo. A cada dia tenho mais vontade de vê-la ao vivo...

Lançamento da semana: A Woman A Man Walked By - PJ Harvey e John Parish

Vazou ontem o novo álbum da PJ Harvey, A Woman A Man Walked By, segundo dela em parceria com o John Parish, também responsável pela produção de seus últimos trabalhos. O primeiro foi Dance Hall at Louse Point, de 1996.

Black Hearted Love, música responsável pela abertura do CD e também o primeiro single, dita o clima das outras canções: experimentalismo com elementos grunge-pop e a voz bela, sexy e melancólica de PJ Harvey.



No geral, o novo álbum é “mais-do-mesmo”, mas tem músicas criativas, elegantes e poéticas, que exploram a potência vocal de PJ Harvey além do álbum anterior White Chalk, lançado em 2007, que marca sua estreia no piano e é considerado o disco mais sombrio da carreira da cantora.

Alternando músicas rápidas e vocais rasgados da moça (como a que dá título ao CD, A Woman A Man Walked By) a outras densas e com uma voz arrastada de PJ (April), mas não menos dramática, o álbum traz letras (dela) e melodias (dele) bonitas, que passeiam entre o folk (Sixteen, Fifteen, Fourteen) e o grunge (Pig Will Not) com a mesma tranqüilidade, atingindo tons fúnebres em algumas canções (Leaving California).

Oficialmente, A Woman A Man Walked By sai no dia 30 de março, pela Island (Universal).

Children, wake up

Ontem falei aqui do novo clipe do Yeah Yeah Yeahs, da vocalista Karen O. Esse post também fala dela, mas nada a ver com a banda.

É que saiu hoje o teaser do filme Where The Wild Things Are, do diretor Spike Jonze, que deve ser lançado no segundo semestre desse ano. O roteiro é inspirado no livro infantil homônimo do escritor Maurice Sendak.

O que Karen O tem a ver com tudo isso? Além de ser namorada de Jonze, é ela quem está produzindo a trilha sonora do filme, portanto, responsável pela (ótima) escolha da música Wake Up, do Arcade Fire, para o teaser. Sensacional.

"So get your leather, leather...

...leather on on on on"

Acabei de assistir o clipe de Zero, primeiro single de It's Blitz, novo álbum do Yeah Yeah Yeahs. Apesar de não ter gostado muito do CD, que deve chegar por aqui só no mês que vem (mas já vazou, óbvio), achei o clipe bacana até, inspirado completamente nos anos 80, assim como as músicas do novo trabalho.

Yeah Yeah Yeahs - Zero - It's Blitz (2009)

O que é, o que é

Há algumas semanas adquiri um novo vício, o joguinho aqui. Funciona assim: o cara, no caso o mímico M. Mattius Kaufman, recria capas de alguns dos álbuns mais famosos das últimas décadas. Você tem 30 segundos para adivinhar qual é e escrever o título da obra no campo em branco. Confesso que na primeira vez eu só consegui 3, que não vou falar quais são pra não estragar a brincadeira. Tenta aí você também e depois volta para falar quais adivinhou.

For a minute there, I lost myself, I lost myself...

... e o Radiohead em SP foi assim.

Problemas com a organização do Just a Fest à parte, os shows mesmo foram sensacionais. Los Hermanos fez uma apresentação competente, embora morna, e o Kraftwerk colocou todo mundo pra dançar e cantar We Are The Robots e Boing Boom Tschak (!), entre outras. Aí, a expectativa da galera já estava nas alturas, quando, pontualmente às 22h, o Radiohead entrou pra fechar a noite (que, a bem da verdade, era só deles) e fazer um dos melhores shows que vimos na década.

Abriram com 15 Step, depois tocaram There There. E aí Thom Yorke cantou "Just 'cause you feel it/ Doesn't mean it's there...". E muita gente duvidou que aquilo finalmente estava acontecendo. Mas eles estavam lá.

Boa parte das 30 mil pessoas presentes cantaram junto músicas como Karma Police (Vídeo aí embaixo. Foi mal, não é dos melhores!) e Paranoid Android, que teve os versos "Rain down, rain down/ Come on rain down on me" repetidos pela plateia mesmo após o final da canção - devido à ameaça de chuva - até o próprio Yorke voltar e cantar.

Karma Police live @ São Paulo - 22/03/2009


Pra deixar qualquer um sem fôlego, o primeiro bis teve Videotape, Paranoid Android, Fake Plastic Trees, Lucky e Reckoner. Depois, voltaram com House of Cards, You and Whose Army e Everything In It's Right Place (iniciada com os versos de True Love Waits, que ninguém imaginava fazer parte do setlist).

Fake Plastic Trees live @ São Paulo - 22/03/2009


Malandro esse Radiohead. No final do segundo bis, muita gente começou a ir embora. Mas Yorke voltou e disse: "Adivinhem qual é...". E aí veio Creep.

Creep live @ São Paulo - 22/03/2009